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22.9.05

Sete dias 

Pearl Jam. Sonic Youth. Iggy Pop & The Stooges. Suicidal Tendencies. Flaming Lips. Nine Inch Nails. Dez anos atrás, esses nomes estavam entre os mais freqüentes do meu walkman. O walkman já está extinto e as fitas inaudíveis, mas até o final de 2005 eu vou ver ao vivo todas essas bandas.

O Pearl Jam da Seattle imaginária de "Singles" e de todos os discos lá em casa. O Sonic Youth de "Buuuuuuuuull... in the heather". O Iggy Pop do antigo testamento do punk rock, "1969". Suicidal da institucionalização da raiva adolescente. O Flaming Lips dos clipes notívagos do Lado B. O NIN da trilha sonora de "Estrada Perdida". Essas bandas sempre estiveram nas divisões principais de minhas preferências musicais e agora, ao que parece, virão tocar no Rio. Todas, num intervalo de apenas uma semana. Sete dias. Uma overdose.

De todas, certamente duas são mais especiais que outras, se isso for possível. Pearl Jam, o Rolling Stones da minha geração, a banda que resistiu ao hype grunge, às mortes trágicas, à decadência de sua linhagem, às imitações baratas, à MTV. Que mantém a qualidade em cada disco novo sem ceder às facilidades da fama. E o Sonic Youth, o mito maior da minha adolescência, a banda que precedeu o Nirvana e que continua genial mais de 20 anos depois das primeiras distorções. A voz de Kim Gordon que eu não pude ouvir quando eles estiveram a poucos quilômetros de mim. Eles no MAM, eu no Vital Brazil. Não sei quantos reais nos afastando. Mas agora, como a justiça da as caras de vez em quando, vou poder me redimir.

De certa forma, tudo isso cheira a redenção. Não vi Nirvana nem Alice in Chains, mas verei Pearl Jam. Não vi Ramones, mas estarei lá quando Iggy Pop estrebuchar. Não vi Pixies nem Mudhoney, mas terei minha segunda chance com Sonic Youth. É agora ou nunca.

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